Bruxaria Italiana




"A Stregheria ou Bruxaria Italiana é um dos vários ramos da bruxaria. Esta se remonta aos tempos antigos da península itálica e seus vários povos: etruscos, romanos, latinos, etc. além das influências recebidas de ciganos, celtas. A bruxaria italiana tem uma gama extremamente grande de tradições, práticas e crenças, pois ela se desenvolve dentro de famílias e por hereditariedade, porém existam grupos e tradições que aceitam pessoas de fora. Existe também dentro desta, um sincretismo com a religião católica, ou seja, bruxas que praticam magia e durante essas rezam a Jesus e Maria. Na verdade, a pluridade é tão larga que fatalmente algum aspecto seria deixado de fora. Em base, no entanto podemos encontrar as crenças na Deusa Diana e Apollo, Lúcifer, Virbios ou Dianus (dependendo da região), uma grande dedicação à natureza e seu equilíbrio, rituais e valorização da ancestralidade e hereditariedade, ritos às mudanças da Natureza, uma vez que elas proporcionam o sustento das pessoas e são os reflexos deles mesmos. As tradições mais famosas são a Tríade: Tanarra, Fanarra e Janarra; e a tradição Aridiana, fundada por Raven Grimassi e o Clã Umbrea. No Brasil, existem alguns praticantes, principalmente hereditários ou 'escolhidos', porém é difícil encontrar um grupo que pratique."

Parágrafo do artigo - Bruxaria, o sussurro da Lua e o clamor da Terra, de Pietra di Chiaro Luna.




"As raízes da Bruxaria Italiana estão na cultura e tradição etrusca e romana. Ambas tiveram uma questão forte com sua ancestralidade. As culturas antigas tinham uma certeza: se deixassem que suas gerações passassem sem observar as antigas, o sentido da cultura se perderia e logo, etruscos não seriam etruscos, mas tribos perdidas pela Etruria. Desta forma, os etruscos mostraram seu respeito e seu culto aos antigos pela forma com que tratavam e cultuavam os mortos. Além de viver muito bem suas vidas e fazer parte de uma sociedade avançada para sua época. Os ritos de enterro do corpo envolviam túmulos muito bem decorados e uma preocupação acentuada com o pós-vida, de forma com que seus familiares tivessem todo tipo de assistência no Mundo Inferior. Já os romanos tinham piras dentro de suas casas homenageando os seus ancestrais como deuses domésticos. Também homenageavam os deuses das despensas, os Penates e as divindades protetoras das casas, os Lare".

Parágrafo do artigo - Culto aos Ancestrais, de Pietra di Chiaro Luna.





"Um dos parceiros de Diana é seu irmão Apollo, que também fora associado com a polêmica figura de Lúcifer (dentro de Aradia, the gospel of the witches). Ambos são a face do Sol, a estrela da manhã. Febo era outro nome atribuído a este Deus, que significa O Brilhante. A figura de Apollo evoca a vivacidade, o poder, o vigor da juventude. Seu nome traz a beleza da poesia, música, a divinação (pois era o pai de Delfos) e os esportes. Tem o clamor da vitória, do ser indomável, mas possuí caprichos e vaidades - que se endurecem mais frente a traições. Apollo/Lúcifer é a Luz, o Calor."

"Outro nome ligado a Diana é Dianus, popularizado por Raven Grimassi. Dianus tem uma face como Júpiter, o grande rei dos deuses romanos. Este é o Deus regente, a autoridade, o Pai. Portador da austeridade, justiça e ética, se contrapõe a si mesmo quando mostra sua parte vingativa e libertina. Júpiter é associado ao trovão e ao carvalho, o que lhe imputa o status de rei, dada a importância da árvore-símbolo para os ítalos e europeus na Idade Antiga. O carvalho era fonte de alimentação e moradia. Dianus/Júpiter é a Majestade, maturidade."

"Por último, encontramos o amante mortal de Diana. O sacerdote de Nemi, Vírbio, o Rex Nemorensis (rei do bosque). Ele tem a função de guardar o Templo e o ramo dourado. Era o marido da Deusa que, no acasalamento divino, garantia à fertilidade de toda a Criação. Vírbio pode ser comparado a Átis, o filho/amante da Deusa Cíbele, que fora adotada amplamente pelos romanos do Império. Átis era um Deus que morria para garantir o renascimento da Primavera. Vírbio morre - pelas mãos de seu sucessor, em combate de espadas - também para que o posto de Rei do Bosque esteja sempre nas mãos de homem fértil e alerta, saudável e de mãos rápidas. Neste, temos o aspecto amplamente sacerdotal - de sabedoria - e o guerreiro. Vírbio/ Átis é o Deus que morre, que dá o seu sangue para um bem maior."

Parágrafos do artigo - Consortes de Diana, de Pietra di Chiaro Luna.

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