A quântica das telas de Dalí

figura 1 A obra de Salvador Dalí é enorme; calcula- se que mais de 700 telas tenham sido assinadas por ele. Em várias delas é clara a identificação de temas que tratam da ciência (física, matemática, biologia). Esta constatação pode ser feita através da simples observação de alguns títulos de seus quadros com palavras que fazem referência direta à ciência, como atômico(a) nuclear, partículas, desmaterialização, desintegração, microfísica, mésons-pi, quarta dimensão e raios cósmicos. As imagens dos quadros que aparecem a seguir foram obtidas no Salvador Dalí Art Gallery, cujo endereço eletrônico é www.dali-gallery.com.

figura 2

A Desmaterialização do Nariz de Nero (Fig. 1) e Equilíbrio Intra-Atômico de uma Pluma de Cisne (Fig. 2), ambos de 1947, retratam bem o início do período denominado Misticismo Nuclear de Dalí, marcado pelo crescente interesse pela ciência, em especial a física atômica. Ele próprio afirmou que naquela época o átomo passou a ser o seu tema preferido de reflexão [4].
Em A Desmaterialização do Nariz de Nero, a imagem de uma grande romã é mostrada na parte central. A romã encontra- se dividida ao meio e suas sementes aparecem flutuando no ar entre as duas metades. Na visão de Dalí, a romã representa o universo atômico, ou seja, o próprio átomo [4]. As sementes são vistas nessa representação como elétrons em constante movimento dentro do átomo. A figura da romã aparece novamente em outros trabalhos de Dalí, como em Sonho Causado Pelo Vôo de uma Abelha em Torno de uma Romã um Minuto Antes de Despertar (1941), A Madona de Port Lligat, (primeira versão, 1949) e em uma pintura sem título de 1948, onde Dalí retrata a mesma romã envolta em concreto, mas desta vez a romã aparece inteira e não dividida. A estrutura de concreto que envolve a romã representando o domínio do átomo pela humanidade, fato demonstrado pela construção e utilização da bomba nuclear. Sobre esta estrutura, um busto de Nero encontra-se dividido em quatro partes e sobre ele um arco, todos suspensos no ar, representando as forças atômicas que mantêm o equilíbrio entre seus constituintes e a desintegração da realidade física em vários componentes. Sobre a realidade da matéria, Dalí se exprime da seguinte forma: “Sob essa aparência giram galáxias microscópicas de elétrons, agitados por uma onda impalpável, ela mesma fluido de uma energia quase imaterial” [4].
As forças que agem para manter a estabilidade atômica são temas no quadro Equilíbrio Intra-Atômico de uma Pluma de Cisne (Fig. 2). O próprio título apresenta essa idéia. Na imagem os diversos elementos encontram-se flutuando em equilíbrio, fazendo uma referência às partículas e forças intra-atômicas que se encontram em equilíbrio na composição do átomo. Ao fundo vê-se uma parede de pedra onde se encontra a pluma e a inscrição, que dão nome ao quadro. Em diversos quadros do período atômico Dalí representa a realidade fragmentada, ora na forma de estruturas regulares e ordenadas, como esferas e cubos, ora por estruturas irregulares e desordenadas.

figura 3

Em Galátea de Esferas (Fig. 3), a imagem de sua esposa, Gala, é composta pela união de várias esferas. Estas esferas aparecem suspensas no ar e em equilíbrio, dispostas lado a lado, como átomos em um sólido, formando uma rede cristalina. Dalí afirma que esta pintura sintetiza toda a sua nova ciência mística da pintura e sua técnica do realismo quantificado, “em que cada elemento do quadro existe por si mesmo, mas concorre para criar um conjunto cosmogônico que o transcende” [4]. Esta forma de representar a realidade pode ser vista ainda na pintura Cruz Nuclear (Fig. 4).

figura 4

A Desintegração da Persistência da Memória (Fig. 6) é a reformulação de uma obra realizada 20 anos antes, A Persistência da Memória (Fig. 5).

figura 6

A Persistência da Memória talvez seja o trabalho de Salvador Dalí mais relacionado à teoria da relatividade de Einstein. Na nova versão, ele “quantifica” sua obra anterior.

figura 5

A planície, as rochas, a árvore, que se viam sólidas e compactas, agora aparecem fragmentadas, decompostas em várias partes. Esta fragmentação segue a linha do Misticismo Nuclear anteriormente mencionado, onde a realidade física apresenta-se composta por átomos. Ao se tomar consciência desta realidade, passa-se a perceber outros aspectos antes não visíveis do mundo, aí representados pela visão da parte submersa de uma pedra e do peixe, que se encontram dentro da água, da parte interior da rocha e da terra, onde se vê agora um outro relógio mole. O outro aspecto de representação da fase nuclear é a formação de imagens a partir de partículas não-uniformes e desordenadas, aparentando um movimento frenético.

figura 7

Muitas telas evidenciam esta fase de sua pintura, e dentre elas podemos citar Oposição (Fig. 7), Cena Religiosa em Partículas (Fig. 8) e Santo Rodeado por Três Mésons-Pi (Fig. 9).

figura 8

A natureza dual dos constituintes atômicos e o princípio da incerteza, apresentados pela física quântica, podem ser os responsáveis por esta tendência nas pinturas de Dalí. Nas duas imagens, cada figura fragmentada é composta por partículas de dois tipos, de tons contrastantes e opostos. Apesar desta constatação, não se pode delimitar a separação da figura, ela não é composta apenas pela parte escura nem composta apenas pela parte mais clara, mas pela destas duas partes, ao mesmo tempo. A observação dos dois quadros anteriores e do Santo Rodeado por Três Mésons-Pi (Fig. 9), passa a impressão de indeterminação. As figuras são compostas por diversas partes menores de tal forma que ao se observar o quadro como um todo se perde os detalhes das figuras menores; ao se ver as formas e detalhes de cada partícula, se perdem a visão geral da figura representada. Segundo o próprio autor, “É com os mésons-pi e com os mais gelatinosos e indeterminados neutrinos que desejo pintar a beleza dos anjos e da realidade” [5]. Em Santo Rodeado por Três Mésons-Pi, a matéria que compõe o santo apresenta-se fragmentada em uma explosão e levitando, explosão esta provocada por três invisíveis mésons-pi.

figura 9

O único conceito concebível de Deus, segundo Dalí, é o de uma partícula infinitamente elementar e carregada de energia [6]. Esse aspecto “indeterminístico” nas pinturas de Dalí pode ser observado em grande parte de sua obra, onde ele utiliza ilusões de óptica para compor seus trabalhos. Exemplo disso são Espanha (1938), Mercado de Escravos com o Busto de Voltaire (1940), Dom Quixote (1956-1957) e Gala Nua Olhando o Mar que a uma Distância de 20 Metros Se Converte no Retrato de Abraham Lincoln (1976). Toda esta idéia de indeterminação nos quadros é apenas uma analogia, pois nos quadros de Dali as figuras já estão lá, ao passo que o princípio de indeterminação de Heisenberg trata de uma realidade que não está dada a priori, mas que só se definirá a partir da medição. Entretanto, é uma analogia frutífera, pois podemos ilustrar através da obra de Dalí um princípio nada trivial da mecânica quântica [7].


Parte do artigo: Dalí e a mecânica quântica, de Rodrigo Ronelli D. da Costa, Robson S. dos Nascimento e Marcelo Gomes Germano, Revista A Física na Escola, v. 8, n. 2, 2007, p.23.

Para ler o artigo na íntegra, com todos as referências:

Dalí e a mecânica quântica

A chama ritual


Liquore Strega: o mensageiro da chama azul da bruxaria.


Sobre o licor:


A presença do fogo durante o ritual simboliza a presença da divindade. A combustão do líquido de base alcoólica fornece uma chama azulada. O licor de ervas Liquore Strega é perfeito para esta adequação, já que é produzido na Itália e tanto o rótulo quanto a garrafa estão grafados com simbolismos pagãos. Dentre eles, a figura de um conjunto circular de mulheres nuas que dançam ao redor de uma nogueira, árvore considerada sagrada durante a Idade Média. Especificamente trata-se da imagem da Nogueira de Benevento, famosa por citações em registros históricos do processo da inquisição na Itália.

O nome Strega na Itália, significa “feiticeira, bruxa” e tem ligação com a palavra latina “strix” que designa a espécie de aves estrigiformes , popularmente conhecidas como corujas. Os hábitos crepusculares e noturnos e a associação com a noite explicam a analogia com a figura da feiticeira.

O licor podia ser encontrado facilmente em qualquer supermercado brasileiro. Atualmente está fora das prateleiras por algum motivo que desconheço.

O Liquore Strega é produzido na região italiana de Benevento desde 1860, pela família Alberti. Composto de aproximadamente 70 espécies de ervas nativas da Europa, América Central e Oriente. Sua coloração amarelada deve-se a adição de açafrão na infusão alcoólica. Após a fermentação, a bebida adquire um sabor extremamente pitoresco e o licor é a base de diversos coquetéis. Inicialmente a infusão de ervas foi criada para confecção de um tônico digestivo. Com o acréscimo do álcool o licor passou a ser rotulado como um bitter.

A imagem acima ilustra uma parte do rótulo do Liquore Strega.

Apontamentos de Tellus Mater



Sobre a utilização do licor em celebrações da Stregaria:

SPIRIT BOWL (CONCHA)

É um dos instrumentos mais antigos da bruxaria: a concha ou a vasilha. Originalmente, conchas grandes eram usadas para colocar água do mar para bênçãos e vários trabalhos mágicos. Estas conchas eram colocadas em altares de pedra (ou mesmo árvores caídas). A água do mar era colocada dentro da vasilha e uma concha branca era colocada no centro. Desta forma, a adoração à Lua poderia ser feita, mesmo quando a Lua não estava visível no céu noturno (e se necessário, dentro de casa). Se for utilizada uma vasilha, ela pode ser de cerâmica, vidro, ferro, madeira. Hoje no sistema Tríade de Tradições, a vasilha é chamada de Spirit Bowl e é colocada no centro do altar. Um líquido de base alcoólica (como o Strega Liquore) é colocado dentro e aceso. Isto é feito com gestos e encantamentos verbais para dar poder à chama. Uma vez que a chama se forma, ela é considerada a presença da Deidade, dentro do círculo ritual. Tradicionalmente, durante o ritual, uma mulher está sempre adicionando mais líquido no recipiente para que a chama não se extinga antes do término da celebração.

O CÁLICE

Na tradição aridiana, usa-se o cálice, que tem a mesma associação de “útero” que a spirit bowl. O cálice serve como uma espécie de Graal: a taça da transformação. Hoje, como na tradição antiga, tanto o cálice como a concha, são utilizados para fins devocionais.

Informações retiradas de artigo sobre a Vecchia Religione da Itália, de Tathy Morselli (Pietra di Chiaro Luna), inspirada no Livro Italian Witchcraft de Raven Grimassi.


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Ritualística Telúrica



Sobre o movimento do sol e as analogias utilizadas no Paganismo:

Leste/Oeste - Norte/Sul: reproduza na terra o caminho do sol. Esta analogia é o cerne de todo ritual mágico.


Para qualquer observador localizado na superfície do planeta Terra o dia tem início com o sol despontando ao leste. Aparentemente o astro caminha para o meio do céu, aproximadamente quando os relógios apontam 12 horas. Após alcançar este ponto, denominado Zênite, declina até alcançar o poente e desaparecer ao oeste.


Baseando-se neste movimento, as analogias com as direções encontram-se assim referenciadas:


Leste – início de um ciclo, manhã, nascimento, frescor, ar, primavera, ponto vernal.

Oeste – final do dia, começo da noite, recolhimento, amenidade, água, outono.


Para um observador localizado no Hemisfério Sul da Terra, mesmo ao meio-dia, a posição do sol no céu não corresponde ao ponto celeste exatamente acima de nossa cabeça, o que acontece somente na região equatorial. A luz solar incide inclinadamente na superfície terrestre e durante todo o percurso diário a posição aparente do sol é mais ao norte.


Extrapolando para as analogias:

Norte – região preponderante da trajetória diária aparente do sol, meio do dia, maior vigor, fogo, verão, yang, deus.

Sul – região que corresponde ao menor vigor, terra, inverno, meio da noite, yin, deusa.


Considerando também as características geográficas, ao Norte teremos as regiões com temperaturas mais elevadas durante todo o ano e ao Sul as regiões mais frias.

A maioria das citações que correlacionam o uso das direções para o desenvolvimento de rituais pagãos (como, por exemplo, a abertura do círculo ritual) é baseada neste aparente movimento. Assim no céu, assim na terra. Logicamente, como a literatura ou fontes disponíveis para a pesquisa destas analogias são produzidas por autores que vivem no Hemisfério Norte, há uma inversão nos valores atribuídos ao Norte e ao Sul.

Para a Stregaria, estas analogias também são válidas, já que as datas dos festivais comemorados têm relação direta com o movimento solar e suas influências físicas sobre a Terra. Para os adeptos da Stregaria, as Treguendas (que correspondem aos sabás pagãos) são também celebradas em dias de equinócios e solstícios ou em datas intermediárias entre as estações climáticas anuais.

A diferença de radiação solar incidente e conseqüente temperatura têm interferência direta sobre os ciclos agrícolas terrestres. A disponibilidade de alimentos, condições climáticas e aspectos da natureza sempre foram o tema motivador para a mistificação e divinização das forças naturais, já que os primeiros rituais foram criados para que se aplacasse a ira dos deuses ou então para atrair sua benevolência. Como um evento astronômico era o que de mais concreto havia para se explicar os fenômenos naturais, pois sua influência era visivelmente indiscutível e obedecia a ciclos coincidentes com os mesmos, a observação astronômica propiciou toda a sistematização das crenças, o que acontece com toda mitologia que conhecemos: extrapolações de eventos celestes em eventos terrestres. O que é executado por um deus, é explicitado pelo humano. Da luz, ao verbo.

Apontamentos de Tellus Mater


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Estrelas Reais (parte 1)

Sobre as Estrelas Reais Persas e os Guardiões do Paganismo:

Os Guardiões: das antigas estrelas reais persas aos atuais astros que indicam os inícios das estações.


Pelo fato de observarmos quatro estações sazonais praticamente bem definidas, dois equinócios e dois solstícios, o ano pode ser dividido em quatro períodos. Do mesmo modo que o dia de 24 horas pode ser subdividido em quartos: 6 horas à partir do nascer do sol; 6 horas à partir do meio-dia; 6 horas à partir do pôr-do-sol e 6 horas à partir da meia-noite. Fatiando mentalmente o céu, podemos também estipular 4 regiões distintas: o quadrante do leste (oriente); o quadrante do oeste (ocidente) e os quadrantes do norte e do sul (acima e abaixo do horizonte terrestre, dependendo do hemisfério). A divisão de um círculo em 4 partes é costume delineado desde o início do aperfeiçoamento da linguagem humana através de códigos pictóricos, matemáticos ou escritos.


Observando o céu noturno, notamos que a cada quarta parte do período anual, o mesmo conjunto de luminares tende a aparecer no panorama celeste, fornecendo um padrão indicativo da estação atual. Cada agrupamento aparente de estrelas é denominado constelação e teve seus limites imaginários estipulados pelos povos da antiguidade. Esta classificação foi padronizada e hoje temos as 88 constelações mais brilhantes nomeadas. Citando nosso atual panorama celeste brasileiro, notamos que a constelação de Escorpião é melhor visualizada no inverno, pois fica visível durante praticamente todas as noites desta estação. A estrela mais brilhante da constelação de escorpião é Antares. Então seria interessante simplificar que Antares (o coração do escorpião) é o “Senhor do Inverno”. Scorpius, a constelação de escorpião, realmente tem a forma aparente de um escorpionídeo, considerando o conjunto de linhas imaginárias que interligam as estrelas próximas a Antares, a estrela visivelmente mais brilhante no céu invernal. Antares foi referenciada como “rival de Marte” pela aparência avermelhada de seu brilho, disputando a relevância com o planeta Marte, que também apresenta esta cor. Ambos são facilmente identificados no céu, justamente por esta característica predominante.


Esta extrapolação que nos permite correlacionar uma estrela com uma figura real, reverenciando desta forma a sua importância, é herança dos primeiros observadores astronômicos, importantes figuras históricas que embasaram a sistematização das informações através dos mitos. É muito mais prático “contar uma lenda” do que articular argumentos científicos. No caso dos povos antigos, o que hoje chamamos “mitologia” era a única forma de explicar alegoricamente os acontecimentos sem o conhecimento científico atual de que dispomos.


Entre os persas, as estrelas indicativas das estações eram conhecidas como As Estrelas Reais e assumiam títulos de “guardiões do céu”. A divinização destes astros impeliu os povos a construírem templos, rituais e crenças para reverenciá-los. Esta herança mitológica foi adotada pelos diversos sistemas religiosos e hoje, dentro de um ritual pagão, é comum a referência aos “guardiões” e a saudação a um ponto cardinal específico atribuindo-o ao poder energético de um dos guardiões.


Há 5000 anos atrás, as estrelas reais persas eram:

Aldebaran, da constelação de Touro, indicativa da primavera. Guardião do Leste.
Antares, da constelação de Escorpião, indicativa do outono. Guardião do Oeste.
Regulus, da constelação de Leão, indicativa do verão. Guardião do Sul.
Fomalhaut, da constelação de Piscis Austrinus, indicativa do inverno. Guardião do Norte.


A estrela Fomalhaut não faz parte de uma constelação zodiacal e foi escolhida pelo fato de que é mais brilhante que qualquer estrela da constelação de Aquário, agrupamento zodiacal dominante no céu noturno do inverno para o hemisfério norte naquela época.

Na Stregaria os guardiões são conhecidos como Grigoris.


Pelo movimento de precessão equinocial da Terra, a constelação que está atualmente localizada no Ponto Vernal é Peixes. O Ponto Vernal corresponde ao ponto no equador celeste que o sol ocupa no equinócio de primavera do hemisfério norte. Notar que constelação e signo são atributos diferentes. A constelação é o agrupamento de estrelas considerado assim pela Astronomia e signo é a porção do céu que abrange 30 graus na elíptica, como é considerado pela Astrologia. O Ponto Vernal é conhecido como Ponto de Áries, pois há 4000 anos o sol estava posicionado na constelação de Áries no equinócio da primavera, quando a astrologia começava a ser estruturada entre os gregos, com a divisão do céu em 12 partes iguais (signos) para referenciar a posição solar no cinturão zodiacal. Astrologicamente a primeira divisão da elíptica (30 graus) corresponde ao signo de Áries, relacionado ao primeiro dia da estação primaveril - simbolicamente associado ao início de um ciclo pela renovação observada na natureza.

Esta localização do Ponto Vernal altera todas os indicativos estelares que temos como referencial para as estações sazonais, e conseqüentemente alteraria o nome de cada guardião. Em outro apontamento, tratarei especificamente deste tópico, indicando as estrelas mais brilhantes de cada estação na atualidade e os guardiões que os astros representam.


Apontamentos de Tellus Mater


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Aradia



"Bore ye Aradia, daughter of incest Witch child of Lucifer, teacher divine".
("Aradia" - Inkubus Sukkubus)



Deusa. Sacerdotisa. Strega. Filha de Diana. Nas várias tradições da Bruxaria, Aradia é chamada por esses e talvez por muitos outros títulos. Muitos julgam que sua existência é apenas lendária, mas não é isso que pesquisadores da Stregheria acreditam.

O mito desta strega conta que ela nasceu do amor entre a deusa Diana e seu irmão Lúcifer. O registro mais famoso dessa lenda está no livro "Aradia - o Evangelho das Bruxas", do antropólogo inglês Charles Godfrey Leland, e já criou muita polêmica por relacionar a Bruxaria com Lúcifer, que seria o demônio na tradição cristã.

Algumas pessoas acreditam que Leland tenha inserido Lúcifer para dar um tom dramático à história. Outros, que é puro sincretismo. E mais alguns que Lúcifer, na verdade, é um aspecto de Apolo, deus do Sol e irmão gêmeo de Diana (segundo as lendas greco-romanas), pois seu nome significa "Estrela Matutina".

Independente da versão, Aradia é tida como a filha do Sol e da Lua, que recebeu uma missão de sua mãe: ensinar à Bruxaria para as pessoas oprimidas - entenda-se aqui os servos e as mulheres, já que é uma lenda medieval.

E assim, Diana enviou sua filha para a Terra, onde ela iniciou uma peregrinação pela península Itálica, ensinado às pessoas que cultuando sua Mãe Diana, seriam livres da opressão.

Essa é a lenda. Mas quem era a Aradia real?



A hipótese que vem sendo levantada por historiadores é a de que ela seria uma sacerdotisa de Diana que viveu por volta de 1.300 d.C. As datas mais aproximadas arriscam que seu nascimento foi em 1313 d.C., na região da Toscana, que fica no norte da Itália.

A sacerdotisa ficou conhecida como Aradia di Toscano, mas esse pode não ser seu nome verdadeiro. Aradia provavelmente é um título sacerdotal que significa "A Luminosa". O prefixo "Ar", segundo a escritora italiana ArdathLili, significa "fogo". Portanto, ela pode representar o título dado a uma sacerdotisa central de um culto relacionado ao fogo e talvez, também, ao Sol.

Tanto segundo a lenda quanto segundo os estudos históricos, Aradia se estabeleceu com seus seguidores próximo ao lago de Nemi, em Roma. Esse lago é um antigo e histórico santuário de culto à Diana Nemorensis (Diana do Bosque Selvagem) e seu consorte, o Rex Nemorensis (o Rei do Bosque Sagrado).

Quando Aradia morreu, seus seguidores foram perseguidos e o conhecimento que ela deixou ficou restrito à algumas pessoas.

Dizem que seus ensinamentos foram escritos. Não sabemos se por ela mesma ou se por outra pessoa, já que naquele tempo, as mulheres em geral eram analfabetas. A lenda ainda reza que os manuscritos originais de seus ensinamentos estão bem guardados na Biblioteca do Vaticano.

Muito tempo depois, em meados do século XX, o antropólogo Leland, em seus estudos sobre magia cigana, se interessou pela Stregheria. Ele conheceu uma strega chamada Madalena que lhe passou o livro que conhecemos como "O Evangelho das Bruxas". Não se sabe se essa strega realmente existiu, e nem qual a veracidade do Evangelho. Mas ali estão contidos, de forma simbólica e talvez cifrada, um pouco do que é o culto das bruxas na Itália - ou pelo menos das bruxas de uma determinada região que cultuam Aradia como sua ancestral.


Mas o nome de Aradia e a sua posição como uma grande bruxa foi popularizada por Raven Grimassi, na década de 1980, que também foi o escritor responsável por popularizar a Stregheria. Porém, a Bruxaria Italiana da obras de Grimassi não é a única, e nem todas as streghe (na Itália ou fora dela) cultuam Aradia.

Por ser relacionada com o número 13, algumas streghe costumam homenageá-la no dia 13 de agosto, pois nessa época do ano eram feitas as principais comemorações à Diana em toda a Roma Antiga. Essas comemorações unem as homenagens à Diana e à sua filha na figura de Aradia. Há divergências sobre a data exata dessa comemoração, mas ela flutua, geralmente, entre o dia 11 e o dia 13 de agosto.

Porém, quem costuma cultuar Diana e Aradia, o faz nas Luas Cheias - costume que o Evangelho das Bruxas registra. A cor de Aradia é o vermelho e sua erva, a Verbena.



Texto da escritora ArdathLili (traduzido com a autorização da autora, por Nera Dianae).





Outras informações sobre Aradia:


Aradia (Herodias) é uma das personagens mais importantes da Stregheria, chamada de Strega Sagrada, nasceu em 11 de Agosto de 1313 d.C. em Volterra, Toscana, região Norte da Itália.

As tradições e folclore da Bruxaria Italiana contam que Aradia foi enviada a Terra por sua mãe Diana, a Grande Deusa das Bruxas e Fadas, para que ela ensinasse a Bruxaria aos homens e trouxesse o reflorescimento da Antiga Religião Pagã.

Aradia é considerada uma "Avatar" feminina; uma Deusa que encarnou na Terra para trazer a liberdade para as classes oprimidas pelo clero e pela nobreza.

Sua história foi contada de geração em geração pelos Clãs e famílias de Streghe.

Parte de sua história pode ser encontrada na obra do folclorista Charles G. Leland, Aradia, Il Vangelo delle Streghe Italiane.



Diana, Regina delle Streghe.

Diana, La Regina delle Streghe (Diana, a Rainha das Bruxas) é a mais alta divindade dentro da maioria dos Clãs de Stregheria, a Bruxaria Italiana. Também conhecida como Tana, Atimite, Jana, Uni, Nix e Fauna, Diana é a mãe de Aradia e irmã/mãe/consorte de Dianus Lucifero.



Dianus Lucifero.

Dianus/Lucifero é o Antigo Deus das Bruxas Italianas. Irmão, filho e consorte da Deusa Diana, é o Senhor da Luz e do Esplendor.

Lucifero ou Lúcifer é o antigo nome do Deus Romano do Esplendor. Senhor da Estrela Matutina e Vespertina. Foi posteriormente associado ao Diabo Cristão. Vale ressaltar que o Lúcifer (diabo) judaico-cristão, por seu pleomorfismos de atuações pode ser considerado o deus Lucifero, sob uma optica cristã.

Dianus Lucifero (Divino Portador da Luz) também é conhecido como Dis em seu aspecto de Deus da Morte e do Além Mundo e Lupercus em seu aspecto de Criança da Promessa, portador da esperança e da Luz.

Dianus Lucifero é dotado de três aspectos:

O Cornífero: Senhor das Florestas Selvagens e Deus da Fertilidade, Sexualidade, Vida e Morte.

O Encapuzado: Senhor dos Campos e das Plantações. Rei da Colheita e Senhor da Flora; Rex Nemorensis; semelhante ao Greenman dos celtas.

O Ancião: Senhor da Sabedoria e Guardião dos Santuários.

O Culto da Stregheria ao Deus Dianus Lucifero está intimamente ligado aos antigos Mistérios do Deus Etrusco Tagni, e aos Deuses Clássicos como Pã, Baco, Dioniso e Apolo.



Informações retiradas da Wikipédia.

Grigoris



Grigoris: raça de seres espirituais que guardam os portais de entrada e de sáida da dimensão física.


Encontrado na Stregaria e comum para várias tradições wiccanas, são o conceito dos Guardiões, que são vistos de forma diferente pelos vários sistemas mágikos. Vamos ver neste capítulo o conceito mais antigo dos Guardiões, datado dos Cultos Estelares. Entre as strega este seres são chamados de Grigori, particularmente para as bruxas tanárricas, que são conhecidas como “Bruxas das Estrelas”. A Tanarra preservou os antigos Mistérios Estelares, e é através de seus ensinamentos que poderemos ter um entendimento melhor de quem os Guardiões/ Grigori realmente são.


Nos antigos Cultos Estelares da Pérsia haviam quatro estrelas “reais” (conhecidas como “Senhores”) que eram chamados de Guardiões. Cada uma destas estrelas reinava sobre um ponto cardeal. A antiga forma ritual dos Guardiões é feita com a invocação no momento de fechar o círculo mágiko. Há uma ligação definitiva entre os “poderes” das bruxas e a “visão” dos Guardiões. Assumir a posição do Guardião é invocá-lo dentro de sua Psique.

A estrela Aldebaran, quando marcava o equinócio de Primavera, tinha a posição do Guardião do Leste; Regulus, marcando o solstício de verão, era o Guardião do Sul; Antares, marcando o equinócio de outono, era o Guardião do Oeste; Fomalhaut, marcando o solstício de inverno, era o Guardião do norte.

As torres foram construídas como símbolos dos Guardiões para que fosse feita sua adoração e também para propósito de invocação. Durante o “Rito de Chamada”, estes símbolos eram traçados no ar, usando tochas ou as varinhas e os nomes secretos dos Guardiões eram chamados.

Na bruxaria italiana, estes seres antigos são Guardiões dos Planos Dimensionais, protetores do círculo mágiko e eram testemunhas dos ritos. Cada um dos Grigori tem uma “Torre de Observação” que é um portal marcando cada um dos quadrantes do círculo mágiko. No conhecimento das bruxas italianas as estrelas eram vistas como os campos das legiões dos Grigori. No mythos aridiano , eles eram os Guardiões das Quatro Entradas para os Reinos de Áster, que era o local da morada dos deuses na mitologia da stregaria.

Para que se realmente entenda os Grigori, precisamos olhar para seu papel na bruxaria como uma religião. Nosso primeiro encontro com eles é no momento de fechar o círculo para fazermos nossos ritos. Os Guardiões são chamados, ou invocados, para guardar o círculo e testemunhar o ritual.


Parágrafos de artigo sobre Stregaria de Pietra Di Chiaro Luna.



Artefato encontrado no Templo de Diana, no Lago Nemi, datado de 200 DC. Museu Brewhouse Yard, Notthingham.


THE WATCHERS (Raven Grimassi)


In the early stellar cults, there were four "royal" stars (known as lords) which were called the Watchers. Each one of these stars "ruled" over one of the four cardinal points. The star Aldebaran, when it marked the Vernal Equinox, held the position of Watcher of the East. Regulus, marking the Summer Solstice, was Watcher of the south. Antares, marking the Autumn Equinox, was the Watcher of the west. Fomalhaut, marking the Winter Solstice, was Watcher of the north. Towers were constructed, bearing the symbols of these Watchers, for the purpose of evocation. During the "rites of calling" symbolic gestures were given and the names of the Watchers were called out. In the stellar mythos, the Watchers themselves were deities who guard the Heavens and the Earth. Their nature (and "rank") was altered by the successive Lunar and Solar cults, which replaced the Stellar Cults. Eventually the Greeks reduced them to Gods of the four winds, and the Christians made them principal- ities of the air. Their connection with the stars was vaguely preserved among the populace, in the concept of Angels.



In the Italian system, these ancient Beings are called the Grigori. They are the Guardians of the "doorways" between the physical plane and that which is beyond. In Italian witchlore, the stars were thought to be the campfires of the legions of the Watchers (there were other stellar associations as well). In the 16th Century, the French theologian Sinistrari spoke of Beings existing between "men and angels". He called them demons, and associated them with the Elemental natures of Earth, Air, Fire, and Water. This, however, was not a new concept, but was taught by certain Gnostic sects in the early days of Christianity. In the Old Testament (Daniel 4: 13-17) there is reference to the Irin, or Watcher, which appear to be an order of angels. In his book DICTIONARY OF ANGELS, Gustav Davidson lists the Watchers as a high order of angels, known also as the Grigori. In Rabbinic lore, the "good" Watchers dwell in the 5th Heaven, and the "evil" Watchers dwell in the 3rd.



In Aridian lore, the Watchers guard our circle and watch over us. They assist us in our spiritual growth, and "escort" us to the next realm, when we cross from physical life. We acknowledge them as Guardians of the entrances and exists, to and from the worlds which connect with the physical plane. We also know them as the Keepers of the Ancient Wisdom, and guardians of the Art. They are Clan Guardian spirits, known as The Old Ones. They are also pre-Christian and pre- Gardnerian.



The Watchers (Fabrizia)


Common to almost all Pagan/Witch/Wiccan traditions is the concept of the Watchers or the Keepers or the Guardians. They are known by many names in many traditions. In the teaching of various cultures, these entities are called by many names including: Agents, Angels, Conscious Thought Forms, Creative Energies, Devas, Fathers, Fountains, Gates, Governors, Hands of God, Lords, and Shining Ones. To some Strega they are known as the Grigori. Each of these 'Watchers' is responsible for their 'area' of the ritual circle. They are multi-faceted beings. Not only do they 'watch' your workings, they are the guardians of the Air of that specific direction, and they guard their portals between the Worlds. They are the intermediaries between Gods and humans.


I personally believe that the Watchers will watch over us if we are initiated or not. I do not think the Watchers are so petty as to see who is initiated and who is not. Some Strega believe this is true. They believe that their actions within the ritual space are going to be viewed and 'judged' in a different way because they have gone through the initiation process and have bonded with the Watchers. I don't think anyone can just say that because they are an initiate, they are closer to some deity than someone that isn't. I believe you bond with the Grigori/Watchers/Keepers over a period of time..like you do with friends.


The Watchers will not stop a working, we are each responsible for our actions. All workings are noted and we all need to think about what we do - before - we do it. I personally view the Watchers as a sort of 'conscienceness' whereby I weigh the aspects for what I wish to do and the consequences thereof. They are protectors of the ritual circle. We EVOKE (to summon or call forth) the presence of the Watchers at our ritual circle but we INVOKE (to address in prayer) their nature within ourselves. It is 2 different things.


This page has grown and has exceeded what I originally intended. I have tried to show the Watchers in many cultures, and still maintain the Stregheria and Italian flavour of this website.


Throughout history, the idea of 'The Watchers' have been found in Sumeria, Peru, Egypt, Mesopotamia and Greece.


Sumerian texts repeatedly state that the Anunnaki came to Earth. The Anunnaki were four great Gods who created man: An ['Sky', the source of rain and most powerful of the gods]; Enlil ['Lord Wind', the power in 'Growing Weather']; Ninhursaga ['Lady of the Stony Ground', mother of wildlife]; and Enki [rival of Ninhursaga]. The term 'Anunnaki' literally means 'from or of the sky.' The Annunaki are regarded by some as the Sumerian ‘fates’.


They are spoken of in the Bible as the 'Anakim' and 'Anak' or 'Nefilim' (nephilum). 'Nefilim' (nephilum) in Hebrew means 'giants' or 'those who have fallen'. For reference I offer: The King James Bible; Young's Literal translation; HSV (Hebrew Names version); ASV (American Standard version) and RSV (Revised Standard version). Numbers 13:22, 28 & 33; Deu 1:28, 9:2;


To the Egyptians, the Watchers are Ptah, Anubis, Osiris and Horus. The Egyptians wrote they came to Egypt from Ta-Ur, the 'Far/Foreign Land'. The Egyptian term 'Neteru' means 'guardians'.


The Watchers were a specific race of divine beings known in Hebrew as 'nun resh ayin' or 'irin' meaning 'those who watch' or 'those who are awake', which is translated into Greek as Egrhgoroi egregoris or grigori, meaning 'watchers'. The early books of the Bible speak of some vague heavenly beings called malochim (singular, malach). Although malach is usually translated 'angel', its literal meaning is 'messenger.'


As recounted in the Dead Sea Scrolls: '.....In the days of Jared', two hundred Watchers 'descended' on 'Ardis', the summit of Mount Hermon - a mythical location equated with the triple peak of Jebel esh Sheikh (9,200 feet), placed in the most northerly region of ancient Palestine. On this mountain the Watchers swear an oath and bind themselves by 'mutual imprecations', apparently knowing full well the consequences their actions will have both for themselves and for humanity as a whole. It is a pact commemorated in the name given to the place of their 'fall', for in Hebrew the word Hermon, or harem, translates as 'curse''. 'In time, each of the 200 took an earthly spouse. These unions produced children of extraordinary size, who quickly devoured the world's food. To satisfy their enormous appetites, the angel-children roamed the earth, slaughtering every species of bird, beast, reptile and fish. Finally, the ravenous creatures turned on one another, stripping flesh from the bones of their fellows and slaking their thirst in rivers of blood. As this wave of destruction washed over the earth, the anguished cries of humankind reached four powerful Archangels - Uriel, Raphael, Gabriel, and Michael - who upon orders from God enacted a swift retribution. First Uriel descended to earth to warn Noah of a coming deluge, advising him to prepare an ark to carry his family and a menagerie of creatures to safety. Raphael then fell upon the leader of the Watchers (called Shemyaza), bound him hand and foot, and thrust him into eternal darkness. Next, Gabriel charged with slaying the dissenters' offspring, encouraged the monstrous angel-children to fight one another. Finally, Michael trussed up the remaining Watchers, forced them to witness the deaths of their progeny, and condemned them to eternal torment. Only then did the heavens open up and wash away the last traces of the destruction that the fallen angels had wrought.'
The Watchers are also portrayed as a high order of Angels (Archangels), known as Grigori or Irin. The Book of Enoch (which is NOT part of the Hebrew or Christian Bible) says that God had sent a legion of angels to earth in order to watch over and subtlety assist man during the beginning of civilization. However, as Enoch tells us, these angels were not well suited for the task. They taught man forbidden sciences such as herb craft, astrology, divination and sorcery.


For clarification, I offer the following information. The theme of the Book of Enoch dealing with the nature and deeds of the fallen angels so infuriated the later Church fathers that one, Filastrius, actually condemned it openly as heresy. So the book was denounced, banned, cursed, no doubt burned and shredded and last but not least, lost (and conveniently forgotten) for a thousand years. But with an uncanny persistence, the Book of Enoch found its way back into circulation two centuries ago. In 1773, rumors of a surviving copy of the book drew Scottish explorer James Bruce to distant Ethiopia. True to hearsay, the Book of Enoch had been preserved by the Ethiopic Church, which put it right alongside the other books of the Bible. Bruce secured not one, but three Ethiopic copies of the book and brought them back to Europe and Britain. When in 1821 Dr. Richard Laurence, a Hebrew professor at Oxford, produced the first English translation of the work, the modern world gained its first glimpse of the forbidden mysteries of Enoch.


Many Catholic Pagans or Christian Pagans utilize the 'angels' as the Watchers. The Archangel Michael is called from the North; Archangel Gabriel is called from the West; Archangel Ariel/Uriel (angel of wishes and willpower) is called from the North or East; and Archangel Raphael is called from the South.


Originally there were 4 royal stars and they were called the Watchers. Each of these stars ruled over one of the 4 cardinal points. North - Formalhaut - who marked Winter Solstice; South - Regulus - who marked Summer Solstice; East - Aldebaran - who marked the Spring Equinox; West - Antares - who marked Autumn Equinox.


Fomalhaut (Arabic for 'mouth of the fish'), is one of the southernmost bright, first-magnitude stars visible to northern latitudes. It can be found in the constellation Piscis, and is the 17th brightest star.


Antares is found in the constellation Scorpius, and is the 14th brightest star. Antares is the heart of the Scorpion. Antares gets its name from the ancient Greeks. It means 'anti-Ares'. Ares is, of course, the Greek god of War who is also called Mars by the Romans.


Aldebaran is found in the constellation Taurus, and is the 13th brightest star. Aldebaran is the red eye of the Bull.


Regulus is found in the constellation Leonis, and is the 21st brightest star. Regulus in Latin means 'royalty', 'prince' or 'little king', and is the brightest star in Leo. Prior to Copernicus, who gave it its name, it was called Cor Leonis, the heart of the Lion. The Persians saw this star as the Watcher in the North and linked the star to their mythical king Feridun who once, in their mythology, ruled the entire known world.

NORTH - Earth
Known by these names: Aquilo, Boreas, Pala, Taga (tah-gah) and Tago (tah-go).
The Guardian of Earth is the one who 'grounds' us best.
Pala translates in Italian to - shovel


EAST - Air
Known by these names: Alpena (al-pay-nah), Eurus, Vulturnus, Bellaria and Bellarie.
The Guardian of Air seems to be the most elusive of all the Winds. It can come and go as it pleases, change at whim, it may produce a calming effect or hurricane gales.


SOUTH - Fire
Known by these names: Auster, Notus, Settiano (sey-tee-ah-no) and Settrano (say-trah-no).
The Guardian of Fire can also be elusive. The flames can jump and dance or they can blow one way or another.


WEST - Water
Known by these names: Favonius, Manii, Maniae, Meana (may-ah-nah), and Zephyrus.
The Guardian of Water is a gentle and benevolent force who brings the mild, wet spring weather.

Treguendas

Treguenda: versão italiana do Sabá das Bruxas.


A Roda Óctupla do Ano *(Hemisfério Norte)


O ano rural era muito importante para a sociedade agrária da antiga Roma, bem como para os fazendeiros italianos da idade Média. Os antigos romanos faziam festivais de um tipo ou outro a cada mês do ano e, portanto, é fácil encontrar uma celebração similar ocorrendo nas mesmas datas dos modernos festivais da Wicca. Sendo uma sociedade rural, os fazendeiros romanos estavam bem conscientes dos equinócios e solstícios e do lugar que ocupavam na Roda do Ano. Sua importância também pode ser notada no Culto de Mistério Eleusino grego e romano. Os ritos dos Mistérios Eleusinos Menores eram celebrados no equinócio de primavera e os Grandes Mistérios eram celebrados no equinócio de outono. O foco destes ritos era a descida da Deusa ao Submundo e sua subida na primavera.


Assim como não temos documentação histórica a indicar que qualquer seita específica dos celtas celebrasse os oito Sabás dentro de qualquer culto específico, também acontece o mesmo com as tradições italianas. Sabemos que os temas básicos de cada Sabá são nativos dos festivais egeu-mediterrâneos que ocorriam na mesma época do ano que os festivais norte-europeus. Um estudo simples dos festivais gregos e romanos demonstra isto facilmente. Para obter uma visão geral dos antigos festivais italianos, originários das influências etruscas e romanas na Itália, vejamos os festivais anuais da Wicca e notemos a contrapartida itálica.



SAMHAIN (31 de outubro / 1° de novembro)



Na tradição italiana, esta ocasião é chamada SHADOWFEST (Festa da Sombra). De acordo com a tradição italiana, os mortos retornam ao mundo humano, começando na noite da véspera de novembro e continuando até a segunda noite (três noites ao todo). Na Sicília, é costume colocar um lugar extra na mesa para o retorno dos parentes falecidos. As famílias sicilianas também costumam fazer um banquete no túmulo da família no dia 2 de novembro para honrar seus mortos. Durante a época do Império Romano, os primitivos italianos associavam a planta da fava aos mortos, devido à única mancha negra numa pétala perfeitamente branca. Os romanos serviam feijões de fava em banquetes funerais, honrando a conexão entre os mortos e a fava. Essa associação permaneceu numa parte da Bruxaria Italiana através dos séculos; a sopa de feijão de fava ainda é uma refeição tradicional, servida na véspera de novembro. Uma tigela de sopa de feijão de fava é colocada do lado de fora da casa à meia-noite, como oferenda aos espíritos, e depois é enterrada após o nascer do sol do dia 1º de novembro. Na Itália do século X, monges cristãos, procurando um modo de assimilar essa celebração pagã, decidiram cozinhar grandes porções de sopa de feijão de fava e oferecê-las às almas dos mortos; camponeses famintos se deliciavam com os tonéis de sopa de feijão de fava que os monges colocavam nas esquinas. A Igreja permitiu que esta prática funcionasse devido à oportunidade de conversão, mas só à partir do século XV a Igreja oficialmente adotou o dia da celebração, 1° de novembro, chamando-o Ognissanti ou “Dia de Todos os Santos” e o 2 de novembro foi designado “Dia de Finados”. Na Itália de hoje, os celebrantes ainda comem docinhos de festa chamados ossi da morto (ossos do morto) e favei dei morte (favas dos mortos), doces parecidos com biscoitos, mas modelados na forma de esqueletos e feijões de fava. Na Sicília, pães rituais especiais são feitos no formato de um cadáver deitado para descansar, junto com figuras de açúcar na forma de heróis tradicionais e personagens do passado da Itália.



SOLSTÍCIO DE INVERNO (21 de dezembro)



Dezembro era marcado por festivais ao Deus Solar Sol e ao Deus Agricultor Saturno. A íntima conexão entre o sol e o crescimento da plantação pedia uma invocação de ambos os aspectos da deidade.



IMBOLG / CANDLEMAS (fevereiro)



Na tradição italiana esta época é chamada Luperco. Na Wicca gardneriana é o tempo da purificação. O mês de fevereiro era consagrado ao Deus Romano Februus, que era um Deus de Purificação e Morte. Os ritos de purificação da Lupercalia também eram celebrados em fevereiro.



EQUINÓCIO DE PRIMAVERA (21 de março)



Na antiga Roma, o festival de Marte, celebrando seu aspecto original de deidade rural, tinha lugar de 19 a 22 de março. Março também era a época do festival de Libéria, também conhecida como Prosérpina (Perséfone), que era, entre outras coisas, a Deusa da Primavera, cuja ascensão ao submundo era marcada por rituais realizados nos Mistérios Eleusinos no equinócio de primavera. O antigo Culto Romano de Mistério em Pompéia é um bom exemplo da antiguidade desta tradição na Itália.



BELTANE/ DIA DE MAIO (30 de abril / 1° de maio)



Na tradição italiana, esta época é chamada Dia da Deusa, tomando o nome de qualquer deusa que um grupo cultuasse: por exemplo, o Dia de Tana, na tradição tanárrica. O mês de maio era marcado por festivais de primavera de Florália. Flora era a Deusa Romana dos Jardins e das Flores; suas celebrações de primavera duravam uma semana e culminavam em 1º de maio, com um grande festival para marcar a ocasião. Na antiga religião romana, Maia, a Deusa da Primavera, era cultuada em celebrações que ocorriam no seu sagrado mês de maio.



SOLSTÍCIO DE VERÃO (22 de junho)



No dia 20 de junho acontecia na antiga Roma o festival de Sumano. Sumano era uma deidade rural, possivelmente de origem Sabina, associada à fertilidade e à prosperidade. Na tradição celta, esta era a época do Rei Divino, que derrotava o Rei do Carvalho em combate ritual. Os poderes da luz e das trevas combatem pelos períodos de fartura e escassez da natureza. Isso se assemelha à seita italiana Benandanti, que nesta época do ano realizava batalhas rituais pelo resultado da próxima colheita. O festival romano de Vesta acontecia em junho. Vesta era a Deusa da Lareira e do Fogo Sagrado; os Lare (deuses antepassados) estavam sob o seu domínio. Eles eram originalmente espíritos dos campos cultivados, derivados dos Lasa etruscos, os espíritos dos campos e prados. Os Lasa são idênticos aos antigos conceitos de fadas em toda a Europa. O festival de Pleno Verão está ligado às fadas e aos tempos mágicos. No festival romano de Vesta e seus Lare, vemos o tema da Rainha das Fadas na véspera do Pleno Verão.



LUGHNASADH / LAMMAS (31 de julho / 1° de agosto)


O festival de Ops acontecia em agosto. Ops era a Deusa da Fertilidade, das Forças Criativas e das Energias Telúricas. Ela era esposa de Saturno, o Deus Romano da Agricultura, e desse modo temos a associação com a colheita. Na mitologia romana ela era identificada com a Deusa Fauna/Fátua, a deidade responsável pela abundância da vida vegetal e animal.



EQUINÓCIO DE OUTONO (21 de setembro)


Nos ritos eleusinos dos cultos gregos e romanos, esta era a época da descida da Deusa para o Submundo. Os mistérios de morte e renascimento eram temas ritualizados que ocorriam tanto na Grécia quanto na Roma antigas, durante esta estação.


Parágrafos do livro Bruxaria Hereditária, Segredos da Antiga Religião – de Raven Grimassi.

Bruxaria Italiana




"A Stregheria ou Bruxaria Italiana é um dos vários ramos da bruxaria. Esta se remonta aos tempos antigos da península itálica e seus vários povos: etruscos, romanos, latinos, etc. além das influências recebidas de ciganos, celtas. A bruxaria italiana tem uma gama extremamente grande de tradições, práticas e crenças, pois ela se desenvolve dentro de famílias e por hereditariedade, porém existam grupos e tradições que aceitam pessoas de fora. Existe também dentro desta, um sincretismo com a religião católica, ou seja, bruxas que praticam magia e durante essas rezam a Jesus e Maria. Na verdade, a pluridade é tão larga que fatalmente algum aspecto seria deixado de fora. Em base, no entanto podemos encontrar as crenças na Deusa Diana e Apollo, Lúcifer, Virbios ou Dianus (dependendo da região), uma grande dedicação à natureza e seu equilíbrio, rituais e valorização da ancestralidade e hereditariedade, ritos às mudanças da Natureza, uma vez que elas proporcionam o sustento das pessoas e são os reflexos deles mesmos. As tradições mais famosas são a Tríade: Tanarra, Fanarra e Janarra; e a tradição Aridiana, fundada por Raven Grimassi e o Clã Umbrea. No Brasil, existem alguns praticantes, principalmente hereditários ou 'escolhidos', porém é difícil encontrar um grupo que pratique."

Parágrafo do artigo - Bruxaria, o sussurro da Lua e o clamor da Terra, de Pietra di Chiaro Luna.




"As raízes da Bruxaria Italiana estão na cultura e tradição etrusca e romana. Ambas tiveram uma questão forte com sua ancestralidade. As culturas antigas tinham uma certeza: se deixassem que suas gerações passassem sem observar as antigas, o sentido da cultura se perderia e logo, etruscos não seriam etruscos, mas tribos perdidas pela Etruria. Desta forma, os etruscos mostraram seu respeito e seu culto aos antigos pela forma com que tratavam e cultuavam os mortos. Além de viver muito bem suas vidas e fazer parte de uma sociedade avançada para sua época. Os ritos de enterro do corpo envolviam túmulos muito bem decorados e uma preocupação acentuada com o pós-vida, de forma com que seus familiares tivessem todo tipo de assistência no Mundo Inferior. Já os romanos tinham piras dentro de suas casas homenageando os seus ancestrais como deuses domésticos. Também homenageavam os deuses das despensas, os Penates e as divindades protetoras das casas, os Lare".

Parágrafo do artigo - Culto aos Ancestrais, de Pietra di Chiaro Luna.





"Um dos parceiros de Diana é seu irmão Apollo, que também fora associado com a polêmica figura de Lúcifer (dentro de Aradia, the gospel of the witches). Ambos são a face do Sol, a estrela da manhã. Febo era outro nome atribuído a este Deus, que significa O Brilhante. A figura de Apollo evoca a vivacidade, o poder, o vigor da juventude. Seu nome traz a beleza da poesia, música, a divinação (pois era o pai de Delfos) e os esportes. Tem o clamor da vitória, do ser indomável, mas possuí caprichos e vaidades - que se endurecem mais frente a traições. Apollo/Lúcifer é a Luz, o Calor."

"Outro nome ligado a Diana é Dianus, popularizado por Raven Grimassi. Dianus tem uma face como Júpiter, o grande rei dos deuses romanos. Este é o Deus regente, a autoridade, o Pai. Portador da austeridade, justiça e ética, se contrapõe a si mesmo quando mostra sua parte vingativa e libertina. Júpiter é associado ao trovão e ao carvalho, o que lhe imputa o status de rei, dada a importância da árvore-símbolo para os ítalos e europeus na Idade Antiga. O carvalho era fonte de alimentação e moradia. Dianus/Júpiter é a Majestade, maturidade."

"Por último, encontramos o amante mortal de Diana. O sacerdote de Nemi, Vírbio, o Rex Nemorensis (rei do bosque). Ele tem a função de guardar o Templo e o ramo dourado. Era o marido da Deusa que, no acasalamento divino, garantia à fertilidade de toda a Criação. Vírbio pode ser comparado a Átis, o filho/amante da Deusa Cíbele, que fora adotada amplamente pelos romanos do Império. Átis era um Deus que morria para garantir o renascimento da Primavera. Vírbio morre - pelas mãos de seu sucessor, em combate de espadas - também para que o posto de Rei do Bosque esteja sempre nas mãos de homem fértil e alerta, saudável e de mãos rápidas. Neste, temos o aspecto amplamente sacerdotal - de sabedoria - e o guerreiro. Vírbio/ Átis é o Deus que morre, que dá o seu sangue para um bem maior."

Parágrafos do artigo - Consortes de Diana, de Pietra di Chiaro Luna.